29.10.09

Honni soit qui mal y pense

À saída da estação de comboios dos Foros da Amora um casal namorava. Olho de relance e continuo. Automaticamente obrigo-me a olhar outra vez, havia qualquer coisa que não estava bem. Perco-me durante dois segundos até perceber o que havia de errado naquele quadro: a rapariga massajava o membro do rapaz (ainda dentro das calças) enquanto ele, com a mão por baixo da camisola da moça lhe afagava o peito direito, e isto tudo ao mesmo tempo que se beijavam alarvemente. Vim para casa a pensar no momento das nossas vidas em que deixaremos de nos admirar com estas coisas: quer porque nos habituamos quer porque com o andar da carruagem elas passarão a ser normais. Na altura não me contive e denunciei-me, como sempre, pelas expressões. Mas não será sempre assim.
Três vivas aos nossos apócrifos!

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