4.9.09

O fundo do acaso afundado

"A nossa maior obrigação na vida é aceitar que a vida não quer dizer nada, é vazia, que somos o resultado de um acaso tendo por fundo um universo que também não tem significado nenhum. Universo esse que, claro, também vai acabar como tudo o resto".

Woody Allen


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A alvorada deste apocrofismo é já amanhã, no Expresso.

4 comentários:

  1. Se assim é, de que vale a pena viver?

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  2. é grande a dúvida! mas não há método para isto.

    como dizia faulkner, David, entre a dor e o nada prefiro a dor.

    José Borges

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  3. Se assim o dizia, parece que concordas comigo. Entre o nada e a dor, prefiro o nada, não é? Pois o nada é acreditar que somos um acaso. Isso é o nada da nossa existência. O que eu entendo com essa frase é que prefere ter a dor a ter que se acreditar que há o nada. A dor, sempre é algo, ainda que seja mau, melhor do que nada. Sempre da para sofrer. Sou da mesma opinião, prefiro sofrer com a vida do que estar angustiado com a falta de explicações, com o sentido da vida, com a morte e com a existência ou não do universo. Acreditar no acaso, é acreditar no nada, visto que foi do nada que o acaso nasceu.

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  4. Foi ao contrário David. Eu disse que preferia a dor. Mas Woody Allen tem razão. Nós vivemos inundados pela crença.

    Mas eu acho que isto não é dramático. Lembremo-nos do que diz Savater a propósito do sentido da vida: a vida não tem um sentido, a vida é um sentido em si mesma.

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