10.9.09

Vamos ao ínfimo, como Beethoven

Sou pequeno. (para ler com a música)


São tão pequeno na vastidão da pequenez que chego a pensar se há alguém grande. Somos todos invariavelmente pequenos.
Vivemos num grão de pó do universo que se mistura com o cotão estrelar numa galáxia que já de si é pequena.
Não há relatividade que me console desta ridícula pequenez.
Se não me consolo junto da ciência, quem me consola? Neste vazio sem dimensões só as certezas do nada. A fé da solidão. A companhia dos sós. Como podem ser tão sós os planetas e as estrelas que neste céu habitam?
Requiem! Requiem para vós!
Será que é essa a verdade? A do vazio?
"Temos meios para estabelecer uma vida itinerante, mas nunca teremos capacidade neuronal para tal.". Um homem pode-se dizer só, mas nunca o estará completamente. A força da atracção dos planetas ao Sol, é a mesma que nos atrai uns aos outros. Somos todos vítimas das mesmas forças. Não se é só. Um ser só, só morre, nada mais.
Se tudo é relativo, porque é que hoje eu não me acho grande aos olhos do meu próprio habitat? Continuo a achar-me pequeno neste campo de pessoas e ideias que nasce de tudo. Acreditar em nós próprios, é um grande exercício mental. Há quem diga que sim, acredito, mas esse esforço mental mente…

2 comentários:

  1. Só somos pequenos se quisermos!
    Só somos grandes se quisermos!
    Só estamos sós se quisermos!

    É tudo uma questão de querer.

    Mas deixa-me que t diga:
    A tua altura ... por mais k tentes ...

    TU ÉS PEQUENO xD

    Ai, nem o querer te safa xD

    Va, vou m calar antes k m batas :D

    ResponderEliminar
  2. Foi esforço de muitas mentes auspiciar ser possível desmontar o mundo até ao imo, a última parte indivisível. Mas essa quimera pela unidade, como sabes melhor do que eu, é como as bonecas russas ou como um quadro de Escher: ilimitados. A consciência da vastidão do Cosmos, como Sagan trata nas suas obras, pode levar a um abismo, e esse abismo tanto nos provoca como fala connosco (Nietzsche);

    "Superar e transcender o mundo em (...) é também um meio de encontrar o mundo, e de treinar e educar a vontade de estar no mundo."

    Susan Sontage, in "Contra a Interpretação"

    ResponderEliminar